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Casamentos

O seu bolso pós-casamento vai agradecer: 5 dicas para organizar as finanças depois do "sim"

Ter um orçamento funcional e estruturado depois do grande dia é necessário para seguir economicamente felizes! Não é uma tarefa muito simples, mas não precisa ser um problema. Confiram esses conselhos práticos de um especialista financeiro!

Fer e André Fotografia

O casamento, com cerimônia e recepção, envolve muitos gastos de tempo, energia e, não menos importante, de dinheiro. O investimento é alto para produzir uma festa e comemorar a união com os familiares e amigos. Mesmo os enlaces intimistas e menores acabam tendo alguns custos com fornecedores, documentação e pormenores. E o pós-casamento vem com outras demandas e boletos. Pensar em longo prazo com planejamento e organização é fundamental para a vida de um casal, principalmente para aqueles que acumularam muitas dívidas antes e durante o dia C. 

Para ajudar vocês, conversamos com o mentor financeiro Cae Galvão, do canal Dívida Zero, e reunimos dicas práticas para que o casal se reerga economicamente depois das despesas com o matrimônio.  

Dani Garbiatti Fotografia

Novo orçamento

O custo de uma pessoa solteira é bem diferente de quando é casada. Agora tudo deve ser calculado para duas pessoas. Então, é importante fazer uma projeção das despesas comuns da semana e do mês e colocar tudo no papel, desde luz, água, aluguel até supermercado, impostos, entre outras faturas, incluindo os custos do casamento, se ainda houver. A dica do mentor financeiro, Cae Galvão, é somar a renda dos dois e ver se o montante vai cobrir os novos gastos

“O casal deve criar o que chamo de novo orçamento e começar a ver alternativas de otimização de custos. Por exemplo, se cada um tem um carro e não precisam ter os dois veículos, vende-se um ou os dois e compram um melhor, ou transforma em investimento. Lembrando que toda vez que mudam de casa, que há reforma, nasce um filho ou adotam um cachorro, vocês têm que fazer uma revisão do orçamento”, orienta.

Planilha de dívidas

Da mesma forma que o novo orçamento foi organizado, especificar as dívidas é essencial para um maior controle e quitação dos valores. Se vocês têm dívidas com os fornecedores da festa do casamento, é preciso ordenar isso em uma planilha com a quantidade dos parcelamentos para terem uma ideia de quando vão acabar com a prestação. Outras coisas que não estão relacionadas ao dia C em si, como a compra de móveis, eletrodomésticos, uma reforma do lar, tudo deve estar em uma planilha de fácil acesso aos dois.  

“Precisa ter essa noção para não fazer novas dívidas e postergar alguns planos. Tem que ter uma escolha, não dá para fazer tudo por um tempo. Talvez priorizar o casamento e algumas coisas da casa e outras coisas fazer depois de um tempo, para que não se acumulem, porque o endividamento pode colapsar as finanças do casal e gerar discussões”, explica Galvão.

Empréstimo e parcelamentos

Galvão recomenda muito cuidado com empréstimos consignados de longos prazos, que é quando o pagamento está atrelado ao contracheque da pessoa. “Se conseguirem pagar muitas coisas à vista, é melhor, mas se fizerem parcelamentos, tenham um bom controle e façam as contas”, ressalta. 

Ele ainda acrescenta que quanto mais se prolonga as dívidas, pior vai ficar a situação financeira lá na frente. “É uma curva exponencial: você se casou, seus gastos vão aumentar. Ter essa consciência e não fazer dívidas muito longas são os principais meios de conseguir quitá-las rapidamente e ter uma vida financeira muito mais tranquila”, afirma.

Reserva de emergência

Independentemente de ter dívidas, o profissional indica ter uma reserva de emergência, ou seja, uma vez que calculou o custo e criou o orçamento do casal, tem que ter de dois a seis meses a mais do custo de vida do par. “Essa projeção é fundamental porque pode ser que no meio do caminho aconteça gastos inesperados e acabe tendo que renegociar as dívidas”, esclarece Galvão. A sugestão dele é que, no planejamento, se coloque sempre 30% a mais do valor do gasto previsto.

Fazer boas negociações

O conselho aqui vale para quem já se casou ou para quem vai se casar. “A crise atual por conta da pandemia fez com que o mercado de casamento ofereça preços variáveis e mais flexíveis, então é bom aproveitar para negociar e fazer cotações em várias empresas para analisar o custo-benefício. E se for se casar daqui um ano ou dois, tentem fechar os pagamentos com antecedência”, sugere Galvão.

O diálogo e a cumplicidade do casal são extremamente importantes quando se trata de gestão financeira, o que implica na transparência de gastos e ganhos. “Uma pessoa pode ter uma educação financeira diferente da outra. Tentem se alinhar, se inscrevam em cursos, leiam livros a respeito, comecem a estudar junto sobre o assunto para que aumentem o patrimônio e consigam prosperar”, completa. Finanças equilibradas, casal feliz!