O casamento de Rodrigo e Sue em Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
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R&S
17 Jul, 2016A crônica do seu casamento
Era pra ser um dia chuvoso de inverno, foi o que os meteorologistas disseram a semana inteira que antecedia o grande dia. Foram dias de apreensão, pois o local era aberto e ficaria ruim para o deslocamento de todos.
Acordei nessa manhã de domingo com um sol bem tímido e nenhuma chuva. Dia perfeito! Clima perfeito! Eu iria casar como desejei.
Estava descansada, dormi bem durante a noite e fui pra casa de festas bem cedo, pois fiz meu dia de noiva na suíte que havia no local. Chegando lá, fui dar uma volta por todo o espaço na tentativa de me sentir "a noiva" porque até então parecia um dia comum. Estava sentindo falta do frio na barriga, da ansiedade de noiva que todas dizem e eu não estava sentindo, como se a ficha não tivesse caído, como se aquele dia que tanto programei, que esperei por mais de 3 anos não tivesse chegado...
Comecei a desencaixotar todas as coisas que eu havia feito com tanta dedicação pra decorar. Cada mimo, cada detalhe que levei tanto tempo pra decidir, estava tudo ali.
Continuar lendo »Minha maquiadora chegou e começamos a nos arrumar. Estava começando a ficar com cara de noiva, mas ainda não me sentia como tal. As horas iam passando, eu tentava mentalizar cada passo da programação feita daquele dia na tentativa de fazer cair a ficha e saber que estava tudo indo bem. Estava tudo indo ótimo, mas a ficha, nada!
Chegou o momento do vestido e o único imprevisto do dia aconteceu: o véu foi esquecido! Finalmente fiquei nervosa, mas não pelo fato de que há algumas horas iria realizar um sonho, mas pelo fato de que uma noiva sem véu, não é uma noiva completa. Felizmente esse problema foi contornado a tempo.
Enfim uma noiva! Me vesti, coloquei o véu, calcei os sapatos, tirei as últimas fotos e a ficha nada de cair.
Chegou a hora! Fiquei pronta em ponto, não queria ser a “noiva tradicional” que atrasa. Fiquei sozinha com o meu pai aguardando o momento de sair do quarto. Estava nervosa, mas ainda faltava algo. Então comecei a ouvir as músicas que selecionei para a cerimônia e na primeira, pra entrada de pais e padrinhos, senti o primeiro frio na barriga de verdade. Aquele que arrepia tudo! Entrei no carro para ir ao local da cerimônia e começou a tocar a música do noivo. Nesse momento, a ficha caiu! Eu iria casar com aquele homem, com meu companheiro, meu melhor amigo, confidente, meu amor por quase 10 anos. Sim, nós havíamos conseguido!! Sim, eu estava indo me casar!! Continuei dentro do carro, aguardando meus pajens e minha daminha entrarem, tão lindos!! E finalmente tocou a minha música, comecei a ouvir as primeiras frases...”Ainda bem que você vive comigo porque senão, como seria essa vida?”...e chegou a minha hora! Meu pai me pegou pelas mãos e fomos andando devagar em direção ao altar. Naquele momento nem ouvia mais a minha música, só conseguia sentir amor, os olhares de admiração e de carinho de todos que estavam ali, vivendo aquele momento conosco. Olhar para o altar e ver seu amor ali, te esperando, é uma sensação indescritível. Só conseguia me lembrar do quanto eu estava feliz e radiante e de sentir todo aquele amor!
Chegando ao altar, tive que fazer um esforço enorme porque minha vontade era de agarrar e abraçar bem apertado meu noivo, aquele abraço de triunfo, de felicidade e me contive! Nossas mãos geladas se encontraram e não largaram mais. Nossos olhares marejados diziam tudo ali!
A cerimônia foi linda e perfeita. Simples e transbordando de amor. Nossos votos fizeram com que todos se emocionassem.
Acabada a cerimônia, tiramos algumas fotos, fomos cumprimentar os convidados e dançar uma música. Não teve ensaio, não foi uma música lenta, não foi “a nossa música”! Foi uma música que gostamos e mostra bem como somos: felizes da nossa maneira nada convencional!
A partir de então, foi só curtição! Curtimos tudo o que pudemos, comemos, bebemos e aproveitamos cada minuto daquela festa tão desejada. Receber os elogios de todos é muito gratificante! Sentir a admiração, do seu então marido, é maravilhoso!
Passou rápido, muito rápido, mas foi intenso, inesquecível.
Inesquecível para todos, intenso como nosso amor...
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