O casamento de George e Leticia em Santo André, São Paulo

Resolvemos montar um cronograma para que não nos perdêssemos, e começamos as visitas para a cotação e a negociação. Foi aí que vimos que se não fosse Deus, não casaríamos, pois não tínhamos dinheiro suficiente para contratar todos os serviços. Então começamos a tentar definir uma ordem e tivemos que começar a escolher qual deixaríamos para o "se der". Essa fase foi terrível. Aluguei meu vestido, lindo e com ele veio a primeira bênção. A roupa do noivo sairia de graça. De repente a segunda bênção, uma das minhas madrinhas resolveu pagar o aluguel do meu vestido. Terceira bênção, decidimos que iriamos contratar a decoração e deixar a foto e filmagem mais para frente, pois não tínhamos condições de fechar os dois. E outra madrinha me deu esse serviço de presente. Ao mesmo tempo, vocês acompanharam várias dúvidas minhas, assim como ideias também. Como: "Não vou contratar buffet. Minha festa será feita pela minha família", "Minha mãe se recusa a estar ao lado do meu pai no meu casamento", "Vou entrar cantando! Será um dueto entre eu e o noivo", etc. Dentro dessas dúvidas e ideias, tudo aconteceu da seguinte maneira.

O noivo foi o primeiro a entrar, ao som de um instrumental tocado por um CD. À sua espera no altar estava Lê (o seu violão). Com o violão o noivo toca a música para que pais e padrinhos entrem (minha mãe com o meu sogro), seguidos dos padrinhos (a melodia apenas tocada foi de autoria do próprio noivo). Logo depois era a vez das crianças! Ao som de "Isso é amor", de Paulo Cesar Baruk, também tocada e assoviada pelo noivo entram nossos irmãos (os três meninos), cada um com três balões de coração vermelho. Atrás a florista, seguida da plaquinha "Lá vem a noiva". E enfim minha entrada, ao som de uma música cantada e tocada pelo noivo, e também de própria autoria.

Ela foi escrita no começo do nosso namoro (há sete anos), e eu como já sabia de cor, entrei calmamente de braço dado com o meu pai cantando junto. Vocês vão ver que em uma das fotos da cerimônia estamos sentados, é por que depois de tudo isso o noivo começou a passar mal. (mas isso eu conto depois). Uma cerimônia muito bem celebrada pelo nosso pastor, que nunca havia feito um casamento, com um cerimonial feito especialmente para mim, onde tinha como mensagem a importância de Deus estar no centro, e que devemos ser três e não dois: eu, ele e Deus.

Após isso, para a entrada das alianças, eu surpreendi o meu noivo cantando "Só você", de Anderson Freire, enquanto minha prima entrava dançando com as alianças amarradas em um laço do vestido. Depois três votos: o das alianças, o espontâneo e o de Rute. Após isso uma bela música (quando Deus criou você) foi cantada por um belo dueto formado por uma prima e o namorado de outra prima, onde não nos contivemos e acabamos cantando juntos. Após isso todos os padrinhos nos cumprimentaram, pais e irmãos para poder sair. E foi quando abracei meus dois irmãos que chorei.

Depois nós saímos, e no meio do corredor ouvimos a voz do pastor nos dando a bênção, que foi seguida de um lindo beijo, e aí estavam todos os convidados chorando e comentando que foi o casamento mais lindo que já tinham visto. Na festa apenas som ambiente, comida caseira e doces caseiros de sobremesa. A hora do buquê foi com fitas, e de lembrancinha um alfajor em formato de coração feito por nós mesmos. Ah, até o bolo cenográfico foi feito por uma prima! Enfim, foi o dia mais lindo da minha vida!