O casamento de Arthur e Evelyn em Paulínia, São Paulo Estado
Ao ar livre Outono Laranja 5 fornecedores
A&E
04 Jun, 2022A crônica do seu casamento
Tinha tudo pra dar errado...
Decidi fazer meu vestido de noiva sem saber costurar, o ciclone Yakecan apareceu nas vésperas do casamento, contratamos muito chopp e a minha cerimonialista convidou uma pessoa que tiramos da lista...
Assim foram alguns dos preparativos do meu casamento.
Sou tatuadora e com noções de desenho, desenhei o meu vestido como eu queria, já que queria que fosse especial. Minha mãe comprou uma máquina de costura nova ano passado, pra poder treinar mais e fazer uns reparos nas nossas roupas.
As duas sem noção nenhuma de costura, caíram na loucura de fazer um vestido com 14 saias de tule e tudo parecia indo bem, até um mês antes do casamento.
Decidimos fazer o casamento no início de junho, pois segundo o Dr Google, a época de mais seca na região onde moramos é final de outono e inverno. Eu amo frio, então um clima ameno não seria um problema, de não fosse pelo ciclone Yakecan que atingiu o sul com força no meio de maio. O clima ameno aqui no sudeste, se tornou um pesadelo, pois as temperaturas caíram pra 4°C na minha cidade. O desespero bateu. A cerimônia era só ar livre, porque sonhava com isso. Fizemos alugueis de cadeiras super bonitas pra ficar tudo lindo, e agora? Com chuva e frio. Eu só chorava.
Continuar lendo »E foi aí que tudo começou a desabar. Emagreci e o vestido que estava mais ou menos, foi ficando pior, cada vez que eu mexia, pior ficava, inventei de fazer um vestido de manga tule e quando fui experimentar o punho, não fechava muito bem, estava muito apertado. Nisso, já faltava uma semana pro casamento.
As rendas que vieram da China, nem tinham sido bordadas ainda. O caos estava feito! Eu não comia, só chorava.
Resolvemos não ter gravata e sapatinho e nada pra comprometer o nosso dia, queríamos comer e aproveitar a pista de dança por horas.. queríamos que tivesse muito chopp e drinks, mas faltava verba pro bartender.
Na semana do ciclone, o dono da distribuidora disse que 150L de chopp pra 120 convidados seria muito, já que estava fazendo muito frio.
Não nos contentamos e fechamos 150L e mais 50L em consórcio pra garantir. Contratamos também 50L de chopp de vinho, pra que as mulheres pudessem aproveitar. O dono disse que sobraria muito e mesmo sabendo que seria verdade, levamos tudo.
Ao se desentender com um "amigo" de adolescência, meu noivo que já estava na dúvida sobre chamar ou não o indivíduo, solicitou que a cerimonialista tirasse ele da lista e ela confirmou.
Faltando alguns dias pro casório, esse mesmo indivíduo chamou meu noivo no whatsapp falando que estava feliz por o ter chamado (não tínhamos entregado convite). Afinal, o que aconteceu? A cerimonialista foi atrás de quem não havia confirmado presença com ela e como ela não havia tirado ele da lista, ela chamou ele pra confirmar também, mas ele nem estava sabendo.
Ela pediu um milhão de desculpas e acabou nos presenteando com um bar de drinks, já que ela e o marido são bartenders. Desculpas aceitas, sem ressentimentos, afinal eles são uns amores.
O dia estava chegando e comecei a bordar o vestido à mão, mesmo com o punho apertado e a saia com erros muito incômodos de se olhar. Afinal, não tinha mais tempo pra outro, faltavam 4 dias. Estava chovendo e fazendo frio. Os termômetros marcavam geada e a mínima de 3°C.
Minha mãe não quis participar do meu dia de noiva e minhas primas/madrinhas se propuseram a ir comigo durante o dia todo.
Fiquei essas 4 noites em claro, bordando e bordando. Só saía pra ver o céu, sempre nublado ou garoando, ali eu chorava e rezava tanto por um clima bom.
No sábado de manhã, dia do meu casamento, passei mal de nervoso e cansaço. O vestido não estava pronto ainda. Vomitei muito e tentei chorar, mas não conseguia pois não me permiti desabar naquele momento, eu não podia. Eu estava sozinha em casa, pois todo mundo estava ajudando com a organização. Meu horário no salão era ao meio dia. Minhas madrinhas já estavam lá, se arrumando, tomando café e preocupadas comigo pois era pra eu passar o dia com elas e eu não estava lá (ninguém sabia que eu estava fazendo o vestido, nem elas).
Eram 11:30 quando finalizei o que pude do vestido. Já tinha tomado banho e meu irmão apareceu pra me levar no salão que ficava a 25min da minha casa. 12:02 cheguei no salão, sentei no chão da sala de noiva e chorei. Minhas madrinhas me abraçaram e eu contei tudo, aquele peso imenso saiu de mim. Agora tinham as outras preocupações, será que o vestido vai servir? Eu nem tinha experimentado ele pronto. Os punhos vão fechar? o frio, a chuva, as cadeiras alugadas, o chopp, gastamos tanto pra tudo acabar com a chuva...
Fiquei pronta e fui colocar o vestido pra fazer o making of. Minha melhor amiga me ajudando a colocar, estava de frente um espelho gigante, quis chorar, minha maquiadora me deu uma bronca kkk
Ao fechar o punho (que fechou perfeitamente pro meu alívio) notei algumas gotinhas pequenas de sangue, lembrei que havia me espetado na agulha naquela manhã, tentando fazer o bordado mais rápido que pudia. Aí veio na mente a questão de dar o suor e o sangue. Eu literalmente dei os dois pelo vestido dos meus sonhos.
Para fazer as fotos, a fotógrafa me pediu pra que posasse abrindo a cortina e olhando pra fora. Assim eu fiz. Ao abrir, me deparei com um céu azul imenso, sem nenhuma nuvem. Como? Se naquela manhã o céu estava com tantas nuvens? Eu me espantei e o choro veio de novo. Deus me estapeou na cara, Ele estava ali.
No carro, indo pra cerimônia perguntei qual era a precisão do tempo naquele momento. Faziam 26°C e a mínima seria de 15°C. Mais uma vez um espanto. Tava tudo perfeito, Deus ouvia minhas preces. E assim foi.
O casamento foi repleto de alegria e de muitas lágrimas, todo mundo que estava lá, realmente nos ama e sentimos isso naquele dia.
O céu azul era perfeito. Não fazia frio e nem calor então os convidados estavam muito a vontade.
A comida estava perfeita, comemos e cumprimentamos todos com calma, estava tudo maravilhoso.
A balada que me preocupava também pela nossa seleção de músicas, fez com que todo mundo se acabasse de tanto dançar. Por ser muitas horas de pista de dança, teve como fazer pausa para o bolo e voltar a dançar kkk
O DJ não tocou quase nada do que pedimos, mas o repertório dele eram incrível! A pista não ficou vazia em nenhum momento! Ele fez muitas brincadeiras e foi divertido demais.
Fomos surpreendidos com tudo e principalmente com o chopp. Ao buscar as chopeira e os barris o moço da distribuidora que havia dito que sobraria muito também se espantou. Ele só levou embora 25L dos 250L que pegamos. Foi tudo embora! As caipirinhas também foram um sucesso! Não sobrou nada!!!
Faz mais de um mês que me casei e pude ver com os meus próprios olhos o que todas as noivas falam aqui no grupo e a gente (que está na preparação) não acredita: tudo da certo no final. Tudo. De um jeito ou de outro, Deus mostra que Ele faz tudo ser perfeito. E não adianta se desesperar, chorar, vomitar ou passar mal. Sempre sai do jeito que sonhamos ou melhor, além do que sonhamos.
Seguem as fotos de tudo .
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