O casamento de Eryck e Fernanda em Colombo, Paraná
Elegantes Verão Dourado
E&F
06 Fev, 2016A crônica do seu casamento
Bem, por onde começar? Do começo é claro (óbvio não é?)
Eu conheci meu atual marido (é até estranho dizer) quando tinha 13 anos e ele tinha 16, mas calma, não começamos a namorar nessa época não, não me julguem rs, mas eu sempre gostei dele desde que o conheci, eu o achava excepcional, muito inteligente e aquele tipo de garoto que você não vê todos os dias, era educado, cavalheiro (na medida do possível, ás vezes ele é meio ogro e arrota na minha frente hahaha) e bonito é claro. Além de que muitas garotas do bairro gostavam dele, por ele ser daquele tipo misterioso e que faz você querer o conhecer melhor. A primeira vez que eu o vi foi nas visitas recentes do Orkut, e desde lá começamos a conversar, e por ventura do destino, ele era um dos melhores amigos do meu irmão do colégio, ( eu não estudava no mesmo lugar que eles na época. Então ele começou a frequentar a minha casa algumas vezes e finalmente pudemos conversar pessoalmente, aquelas conversar constrangedoramente constrangedoras, mas era só o começo, então relevem.
Continuar lendo »Conversamos praticamente todos os dias por mensagem (não exista whats ainda para facilitar) e msn, descobrimos ter muitas coisas em comum, principalmente coisas nerds e divertidas, sim, somos um casal de nerds.
Com o tempo descobri que ele era meu melhor amigo e que de uma forma ou de outra eu também comecei a ser a melhor amiga dele, mesmo ele tendo os problemas óbvios de confiança e vida de um tipico "cara problemático" ou bad boy se preferir. O problema real aconteceu quando eu estava para fazer quinze anos, ele começou a namorar, a namorar sério, meu coraçãozinho morreu naquele dia, quando li aquele status dele no msn, quem conhece msn sabe do que eu estou falando. É claro que eu já sabia que ele ficava com outras meninas nos bares de rock que ele ia, e eventos geeks/nerds, afinal ele estava no auge da adolescencia dele, era normal, não que eu não ficasse chateada por ele ficar com essas pessoas, mas não poderia fazer nada a respeito, eu tinha 14 anos e ele 18, não tinha muias chances de fato.
E então foram longos 7 meses tortuosos de um namoro "fake" e sem sentimentos verdadeiros, pois ele volte e meia reclamava dela pra mim, dava vontade de esfregar na cara daquele mané que perdeu a melhor best ever namorada do mundo (eu), enfim. Mas então eu li uma conversa dele com meu irmão que me deixou chocada, eles estavam para ficar noivos , como assim cara? E pior, ele nem tinha mencionado a possibilidade de querer casar com ela para mim, a dita BFF dele, fiquei de cara. Então tinha chego a hora e o dia de eu contar para ele, não poderia esperar ele casar, ter filhos e etc. Escrevi uma carta (faço muito isso, até hoje.) e enviei pelo msn, ele estava online, esperei, esperei e o que ele disse? Nada. Apenas ficou off, vontade de matar essa peste, se teve um dia que eu fiquei com raiva na vida, foi nesse dia. Um dia depois, nada, dois dias, nada. Só depois de uma semana que eu mandei uma mensagem dizendo que se ele não falasse comigo naquele dia, ele não falaria nunca mais, foi quando a criatura resolveu dar o ar da graça. Em tese ele falou que gostava de mim como amiga, que não queria perder minha amizade, que ainda estava num namoro e bla bla bla, resumindo, friendzone, pois é minhas amigas, triste.
Porém, não deixamos de ser amigos e de conversar, depois de uns dias tudo voltou ao normal e combinados de não falar mais sobre aquilo, até saímos escondidos da namorada dele e dos meus pais um dia, nos ferramos depois, mas foi bem divertido (tudo como amigos). Todavia ele já tinha se comprometido em ser meu príncipe na minha festa de XV anos, detalhe, o tema era Alice no País das Maravilhas, e eu estava de Alice e ele vestido de Chapeleiro, foi um luxo.
Os ensaios do bolo vivo eram quase todo final de semana, e quase todo dia a noite eu ia ensaiar a nossa dança com ele na academia de do pai dele, já devem imaginar o que estaria por vir, aquela troça de olhares, mãos na cintura, toques suaves e voialà, aconteceu. Numa bela noite, em umas das nossas conversas ele disse que estava se apaixonando por mim, porém que nada iria mudar no dia seguinte, o que eu disse? "Tudo bem". Mas o que eu queria dizer de verdade? "Babe baby ohh você não acreditou você nem me olhou. Disse que eu era muito nova pra você mas agora que cresci você quer me namorar..." hahha brincadeiras a parte gente, mas eu fiquei realmente muito feliz. Alguns dias depois ele terminou com a namorada dele, que foi muito engraçado incluive, melhor parte da história.
Nosso primeiro beijo (finalmente irmãos) foi um mês antes da minha festa de aniversário e desde então começamos a namorar, tínhamos até nossa música Born to Die da Lana Del Rey, na festa arrasamos na coreografia e mais a noite ele me deu nossas alianças, tudo em segredo dos meus pais, que um mês depois descobriram por decorrência de uma final de semana que fugimos para a praia, isso eles não sabem a até hoje.
Futuramente lá para meus 17 anos e ele com 21, começamos a fazer Universidade no mesmo lugar, o mesmo curso inclusive e até o mesmo turno, mas calma, não somos aqueles casais grudentos por incrível que pareça, na verdade algumas coisas são em decorrência do destino eu acho, ambos ganhamos uma bolsa de estudos, ele seis meses antes de mim. Nesses quase quatro anos de namoro tivemos muitas brigas, desencontros, e situações difíceis, apesar de nunca terminarmos mesmo assim, ah, nunca houve traições também, só para constar. Mas é complicado começar a namorar sério tão cedo, ainda mais para mim que praticamente não saí para muitas baladas na minha adolescência e tive que focar em coisas mais importantes, afinal ele era mais velho e queria ter um futuro com ele.
Mas então aconteceu o momento, no final do ano passado, depois de todas as provas da faculdade, num dia comum de novembro, no meio no bloco de Direito (nosso bloco da faculdade), nossa música começa a tocar do nada e o cara me surge o além, todo arrumado e com uma caixinha de veludo nas mãos, coisa que eu nunca imaginei que ele poderia fazer, justo porque ele não gostava de ser clichê em declarações de amor. E mesmo assim ele fez o pedido mais lindo de todos, e eu com minha fama de durona na faculdade tive que me segurar para não chorar (tanto) na frente de todos.
Daí em diante vocês devem imaginar a correria que foi, e como foi. Claro que o básico da festa ele e meus pais já estavam confabulando a meses, como o lugar, buffet, som e até um pouco da decoração, porque eu vivia falando do que gostaria de ter no meu casamento para minha mãe e para ele, então já tinham uma noção do que eu queria. E no final de novembro teve fotografia, preparação dos convites, lembrancinhas, escolha de doces e bolo (sorte que estávamos de férias), em dezembro comecei a procurar o vestido que nem louca, viajei para SP com minha mãe para procurar, enfim, loucura total.
Achei o vestido ideal lá pelo começo de Janeiro (UFA), exatamente como eu queria, com manga de renda, decote de coração, corpo estilo seria e todo rendando, era simplesmente perfeito. Então a reta final estava chegando, todos os convites já entregues, aquela ansiedade que não passa, academia todos os dias hahah tema do casamento, que foi com um toque de medieval, porque nós amamos essas coisas, era só esperar.
Então o grande dia chegou, não tinha conseguido fechar os olhos na noite anterior, de manhã fui até o salão com meus pais dar uma olhada na decoração, as cores predominantes, eram tons de rosa, liás e branco nas flores, e dourado e branco nos móveis, além de usar e abusar do vidro, espelhos e cristais e as típicas velas. Quando comecei a me arrumar lá (porque tem um quarto especifico para isso) os doces estavam começando a chegar e foram horas e horas e arrumação, cabelo, unhas, pele, maquiagem e fome, muita fome. Comigo estava minha mãe, vó e minha madrinha e BFF. Estava tão nervosa, tinha que decorar meus votos e ensaiar várias e várias vezes para não chorar na hora que estivesse falando de verdade, porque sou bem emotiva nessas horas.
Quando deu seis horas da noite, começamos a nos preparar para ir para a igreja, não ficava longe do salão, e meia hora depois chegamos lá. Primeiro entrou as damas de honra, optei por invés das daminhas e pajés, ter damas de honra como nos casamentos nos EUA e afins, e na hora H, na minha entrada com a do meu pai começou a tocar Born to Die no instrumental, ai já não aguentava mais, era muita emoção para uma pessoa só. Dali em diante tudo foi perfeito, não gaguejei nos votos, não tinha criança correndo pela igreja ou maquiagem borrada.
Mais tarde a festa tinha sido ótima, o único problema fora com os garçons pois houve uma troca de bebidas e talz, mas que casamento é casamento se não tiver ao menos um problema não é mesmo? Dançamos, nos divertimos e comemos muito, afinal nenhum dos dois tinha comido nada praticamente o dia todo, tiramos fotos na cabine fotográfica, que foi o sucesso da festa aliás, foi o melhor dia da minha vida, ainda não conseguimos fazer a viagem de lua de mel, mas tenho certeza que quando conseguirmos, ela será tão especial quanto esse casmento foi.
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